COMO SE DAR CONTA DE QUE VOCÊ ESTÁ SABOTANDO SUA CARREIRA

DEPOIS DE DURAS PERDAS, A ESPECIALISTA EM CARREIRA KAREN BERG CONSEGUIU IDENTIFICAR E SUPERAR COMPORTAMENTOS AUTODESTRUTIVOS. AGORA, ELA AJUDA OUTRAS PESSOAS A FAZER O MESMO

Sabotagem, Competence Coaching

Em 2001, Karen Berg estava no topo do mundo. Por causa do sucesso de sua empresa de coaching, situada em Nova York, a CommCore Strategies, ela viajou o mundo ajudando CEOs e outros gestores de negócios a melhorar suas formas de comunicação e, por consequência, o sucesso do negócio.

Então, o impensável aconteceu. O filho único de Karen, Alex Berg, morreu de repente, em 2001. Mesmo aflita, ela decidiu manter o ritmo de trabalho de sua empresa, em vez de dar uma freada. Ela era boa no que fazia e acreditou que as tarefas profissionais a distrairiam de sua tristeza. Karen tinha um bom time e contou com a ajuda dele para manter tudo funcionando durante seu período de crise.

De alguma forma, porém, Karen sabia que estava negando o fato de não ser capaz de manter as rédeas do negócio totalmente sob seu controle nesse período. No fundo, percebeu que estava oferecendo liberdade demais aos diretores. Ela também desconfiava estar ignorando seu medo de se sentir incapaz de tocar o negócio depois de uma perda tão grande. Agora, olhando para trás, Karen diz que deveria ter contratado um consultor de sua confiança ou um braço direito que ficasse de olho em tudo. Mas não o fez. E, em 2002, sofreu outra perda. Muitos de seus funcionários deixaram a empresa para abrir seu próprio negócio, levando a maioria dos clientes mais importantes com eles. Isso praticamente devastou sua companhia.

“Não é fácil dizer: ‘Ah, acho que vou me reinventar’. Então, eu sei, em um nível profundo e visceral, o que significa cometer erros tão grandes e, depois, recalibrar sua vida”, diz ela.

Vários anos após a morte de seu filho, Karen ingressou em um grupo de apoio, na tentativa de encontrar uma saída criativa. À medida que ela conhecia novos membros do grupo, percebia que muitos deles tinham comportamentos de autossabotagem, similares aos que ela teve durante sua crise pessoal.

“Eu estava vendo as pessoas ao meu redor – inteligentes e talentosas – caírem por causa dos próprios demônios”, diz. Testemunhou colegas sofrerem por consequência de um medo limitador ou de uma extrema desorganização e negação. Os custos desses comportamentos iam de carreiras prejudicadas a relações arruinadas.

À essa altura, Karen havia reconstruído seu negócio. A partir de então, ela direcionou seu trabalho de coach para a superação de atitudes autodestrutivas e autossabotadoras. A empresária descreve seu novo trabalho no recém-lançado livro Your Self-Sabotage Survival Guide: How to Go from Why Me? to Why Not?. Sua história foi contada na revista Fast Company. A seguir, algumas dicas para evitar comportamentos que podem atrapalhar seu caminho profissional.

Nomeie sua sabotagem

Ao longo de sua carreira, Karen viu todo tipo de autossabotagem em seus clientes. O padrão de minar a própria autoconfiança pode assumir várias formas, incluindo a do medo, da procrastinação, da impulsividade e da arrogância, ou mesmo a negação. Ela conhece bem tudo isso. Para identificar o cerne de como você está se sabotando, é preciso reconhecer os comportamentos destrutivos que adota.

Para isso, reflita sobre o que está impedindo que você atinja seus objetivos. Talvez o medo o impeça de persegui-los. Talvez a desorganização o atrapalhe na hora de organizar seu tempo. Observe as atitudes e os sentimentos que o estão segurando, e nomeie-os.

Pese o custo de sua sabotagem

Karen foi forçada a confrontar sua negação quando ela quase perdeu seu negócio. Qual é o custo atual ou potencial de sua autossabotagem? A empresária encoraja os clientes a focarem nos temas com os quais eles realmente querem se comprometer, e a pensar na forma como suas carreiras e suas vidas pessoais podem avançar se puderem abandonar os comportamentos destrutivos.

Quanto essas questões estão custando em relação a oportunidades perdidas ou estresse, por exemplo?

Mude o foco de seus pensamentos

O autoflagelo só vai piorar a autossabotagem. Repreender-se, se comparar aos outros e se deixar levar por pensamentos destrutivos só vai fazer você se sabotar ainda mais, diz Karen. Ela sugere que  você escreva seus objetivos (se possível, publique em um jornal) e se empenhe em transformar os pensamentos negativos. Quando experimentar vitórias na superação de comportamentos autossabotadores, escreva sobre eles e celebre-os.

Encontre a ajuda certa

Ter perdido o filho e se ver obrigada a reconstruir sua empresa fez de Karen uma pessoa mais empática, o que, consequentemente, a tornou uma coach melhor. Para alguns, a autossabotagem que se manifesta em comportamentos extremos ou destrutivos pode exigir a ajuda de um profissional de saúde. Outros  descobrem que o processo de coaching pode ajudá-los a encontrar o cerne da razão que os leva a essas atitudes.

Às vezes, você pode encontrar a ajuda que precisa em sua rede de relacionamentos. Há pessoas que o conhecem, respeitam e estão dispostas a ser honestas com você, sem medo de ferir seus sentimentos. Estes podem ser convocados para apontar suas atitudes de autossabotagem. Busque essas pessoas em sua vida e, ao encontrá-las, peça sua ajuda.

Fonte:http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Carreira/noticia/2015/03/como-se-dar-conta-de-que-voce-esta-sabotando-sua-carreira.html

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