30 erros de português para não cometer no trabalho

Consultora dá dicas de como usar corretamente palavras que confundem os profissionais

Erros de português, Competence Coaching

Saber falar um novo idioma qualifica o currículo de um profissional, mas não tira dele a obrigação de ter domínio sobre a própria língua. O português é a principal ferramenta de comunicação para quem atua dentro do Brasil e estará presente em e-mails, formulários, conversas e contratos.

Evitar erros gramaticais é um passo para expressar-se melhor no próprio idioma. Rosângela Cremaschi, consultora da RC7 e mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo, lançou o "Livro de anotações com 101 dicas de português" (Editora Hunter Books), para quem precisa identificar seus erros e corrigi-los no ambiente de trabalho.

Confira 30 dicas do livro de Rosângela:

"A par" / "Ao par"

Use “ao par” somente para equivalência cambial. No sentido de estar ciente, o correto é "a par".

Há muito tempo, o dólar e o real estiveram quase ao par.

Ele já está a par do ocorrido.

“Somos” / “Somos em”

Não há necessidade de empregar a preposição “em”.

Somos cinco auditores na empresa.

“Retificar” / “Ratificar”

Ratificar significa confirmar, comprovar. Retificar refere-se ao ato de corrigir, emendar.

Os fatos ratificaram nossas previsões.

Vou retificar os dados da empresa.

“Remição” / “Remissão”

Remição significa resgate oneroso de alguma coisa. Remissão significa perdão, renúncia.

A remição da dívida foi feita no prazo estipulado.

Foi-lhe concedida a remissão da dívida.

“Segmento” / “Seguimento”

Segmento é sinônimo de seção, parte. Seguimento é o ato de seguir.

O segmento de mercado mostrou-se propício a investimentos.

O projeto de implantação da ciclovia não teve seguimento.

“A prazo” / “À prazo”

Não existe crase antes de palavra masculina, a não ser que esteja subentendida a palavra moda (ao estilo de).

a prazo, a pé, a cavalo, a bordo

Salto à (moda de) Luís XV.

“Assistir o” / “Assistir ao”

O verbo assistir no sentido de ajudar dispensa a preposição “a”. Entretanto, no sentido de ver, exige a preposição “a”.

O médico assiste os doentes.

Ele assistiu ao filme “Trapaça”.

“Responder o” / “ Responde ao”

A regência do verbo responder, no sentido de dar a resposta a alguém, é sempre indireta, ou seja, exige a preposição “a”.

Ele não respondeu ao meu e-mail.

“Aspirar” / “Aspirar a”

O verbo aspirar no sentido de sorver não admite preposição em sua regência. Aspirar, no sentido de almejar, querer, exige a preposição a.

Ele aspirou o pó da estrada.

Eles aspiram ao cargo de gerente nesta empresa.

“Acerca de” / “A cerca de”

Acerca de significa “a respeito de”. A cerca de indica aproximação.

Estavam discutindo acerca de política.

Eu trabalho a cerca de 5 km daqui.

“Em vez de” / “Ao invés de”

Em vez de é usado como substituição. Ao invés de é usado como oposição.

Em vez de fazermos uma caminhada, resolvemos nadar.

Subimos, ao invés de descer.

“A nível de” / “Em nível de”

O uso de “a nível de” está correto quando a preposição “a” está aliada ao artigo “o” e significa “à mesma altura”. A expressão “em nível de” deve ser usada quando se refere a “de âmbito”.

Estava ao nível do mar.

A pesquisa será realizada em nível de direção.

“Na medida em que” / “À medida que”

Na medida em que equivale a “porque”. À medida que estabelece relação de proporção e pode ser substituído por “à proporção que”.

É melhor comprar à vista na medida em que os juros estão altos.

O nível dos jogos melhora à medida que o time fica entrosado.

“À custa de” / “Às custas de”

O correto é a forma no singular “à custa de”.

Ele vive à custa dos pais.

“A todos” / “À todos”

Não há crase antes de pronomes indefinidos (muitos, poucos, nenhuma, todos, pouca, alguma).

Não foram a nenhuma região de vinícolas.

“Faz” / “Fazem”

No sentido de tempo decorrido, o verbo “fazer” é impessoal, ou seja, só é usado no singular. Em outros sentidos, concorda com o sujeito.

Faz cinco anos que trabalho nesta empresa.

Eles fizeram um bom trabalho.

“Perca” / “Perda”

Perca é verbo e perda é substantivo.

Não perca as esperanças!

Essa perda foi irreparável.

“A fim” / “Afim”

A locução a fim de indica ideia de finalidade. Afim é um adjetivo e significa semelhança.

Nós viemos a fim de discutir o projeto.

Eles têm ideias afins.

“Onde” / “Em que”

A palavra onde é um advérbio de lugar e, portanto, não deve ser usada em outros sentidos. Nesse caso, utilize a expressão em que.

Paris é uma cidade onde vivi muitas aventuras.

Participei da reunião em que (ou na qual) foram tomadas várias decisões sobre os benefícios dos trabalhadores.

“Através” / “Por meio”

A locução através de expressa a ideia de atravessar. Por meio significa “por intermédio”.

Olhava através da janela.

Os senadores sugerem que, por meio de lei complementar, os convênios sejam firmados com os estados.

“Anexo" / "Anexa”

Anexo é adjetivo e deve concordar em gênero e número com o substantivo a que se refere.

Segue anexa a carta de apresentação.

Seguem anexos os documentos solicitados.

Obs: Muitos gramáticos condenam a locução “em anexo”; portanto, dê preferência à forma sem a preposição.

“Descriminar” / “Discriminar”

Descriminar significa absolver, inocentar. Discriminar significa separar, diferenciar.

O juiz descriminou o jovem acusado.

Os produtos estão discriminados na nota fiscal.

“Seção” / “Sessão” / "Cessão"

Seção significa divisão de repartições públicas, parte de um todo, departamento. Sessão significa espaço de tempo de uma reunião deliberativa ou de um espetáculo. Cessão refere-se ao ato de ceder.

A seção deste projeto será analisada.

A sessão demorou a começar, mas o filme valeu a pena.

A cessão dos direitos autorais desta obra criou polêmica.

“Bem-vindo” / “Bem vindo” / “Benvindo”

Segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa – Volp, elaborado pela Academia Brasileira de Letras, o correto é "Bem-vindo". As demais grafias não são aceitas.

Bem-vindo à vida de casado!

“Estada” / “Estadia”

O termo estadia é usado para veículos em geral. A palavra estada é usada para pessoas. Embora haja muita confusão sobre isso, observe os exemplos:

Minha estada em Paris foi incrível!

Esse estacionamento cobra caro a estadia de vãs.

“Onde” / “Aonde”

Onde se refere a um lugar em que alguém ou alguma coisa está. Indica permanência. Aonde se refere ao lugar para onde alguém ou alguma coisa vai. Indica movimento, sugerindo a ideia de um destino.

Você sabe onde fica essa rua?

Ainda não sabemos aonde iremos.

“Por hora” / “Por ora”

A expressão “por hora” refere-se a tempo. “Por ora” expressa o sentido de “por enquanto”.

O carro estava a 140 km por hora quando bateu no poste.

Por ora, não posso responder.

“Despercebido” / “Desapercebido”

Despercebido significa sem atenção. Desapercebido significa desprovido, desprevenido.

As mudanças passaram despercebidas.

Ele estava totalmente desapercebido de dinheiro.

“Comprimento” / “Cumprimento”

Medida é comprimento (com “o”). Cumprimento (com “u”) vem do verbo “cumprir”. Também significa saudação.

O comprimento da saia está bom.

Eles firmaram o compromisso com um cumprimento.

O não cumprimento das cláusulas implicará multa.

“Clipe” / “Clipes”

Clipe é aquela peça de metal usada para prender folhas. Criado pelo norueguês Johann Vaaler e patenteado na Alemanha, é conhecido como clip (pl. clips) nos países de língua inglesa. No Brasil, deve ser chamado de clipe (pl. clipes).

Fonte:http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Vida/noticia/2015/10/30-erros-de-portugues-para-nao-cometer-no-trabalho.html

 

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